Carrie - A estranha
Tem coisas que
não deviam ser mexidas... Entre elas filmes consagrados. E “Carrie - A estranha”
foi um filme muito bom, com elenco inspirado. Ganhou várias indicações ao Oscar
entre outros prêmios. Mas decidiram mexer com ele uma vez, e eu nem me dispus a
assistir. E agora em 2013, vem nova tentativa.
Ninguém
bate a Sissy Spacek: loira, zóiuda, esquisita, porém bonita. Fragilidade e
inconstância na medida certa. E a mãe feita por Piper Laurie está perfeita. Por
mais que goste da Juliane Moore, esse papel não foi seu melhor. Ela poderia ter
deixado esse mico de lado. Já a Chloë Grace Moretzé um desastre. Não sei o
motivo de gostarem tanto dela. Achei sua loba maconheira em “Sombras da noite”
péssima, e aqui ela repete o papel de deslocada. Muita coisa do filme original se perde
evidentemente. E a culpa de tudo acaba caindo nas costas de uma única garota, a
malvada da história. Eu tinha lido o livro, e lá fica bem claro que a culpa é
de todos. Professores negligentes, colegas adolescentes malvados, uma mãe
repressora e o fundamental, a humilhação na frente dos amigos no dia de uma
festa importante. Só quem ficou todo “cagado” numa balada sabe do que estou
falando. Lógico que Carrie não chutou o balde na bebida, nem misturou bala com
key e outros elementos explosivos. Ela foi vítima de uma brincadeira que dá
muito errado.
E esse novo
filme não chega nem perto de tudo isso. Fica muita coisa descaracterizada. Dá a
impressão que ela não precisava dar aquele chilique todo. Lógico que tinha o “detalhe”
do sangue que foi jogado nela... Como disse, quem nunca ficou todo cagado numa
festa néh???
Um
remaker desnecessário. Tentaram atualizar a história, mas com os efeitos que
possuímos hoje, ficou mais evidente como o trabalho saiu mal feito. Nos anos 70 "Carrie" destruiu uma cidade, aqui
no máximo ela quebra todo mundo no baile, racha o asfalto da rua, e implode a
própria casa.... De forma bem chocha...
Mas uma frase ficou na cabeça nessa versão, e realmente não lembro se
havia na primeira: “Eu matei a minha mãe... Quero ela de volta”. Nessa frase
está um pouco do desespero que o filme todo não conseguiu alcançar. O desespero
de uma garota reprimida que não se controla e perde a cabeça.
“Carrie - A estranha” da nova versão não chegou perto do original. Não chegou perto de
compensar o valor dos ingressos no cinema... Haverá quem goste. Sempre tem. Eu
não gostei...
Sissy e Piper,
vocês foram phodásticas....
Eu só assisti um filme da Carrie e eu gostei muito.
ResponderExcluirImagino que para quem assistiu só esse último, não tenha sentido muita diferença. Mas em vista do primeiro, e do contexto, esse ficou a desejar.
ResponderExcluir