terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Resenha de filme: Carrie - A estranha

Carrie - A estranha




           Tem coisas que não deviam ser mexidas... Entre elas filmes consagrados. E “Carrie - A estranha” foi um filme muito bom, com elenco inspirado. Ganhou várias indicações ao Oscar entre outros prêmios. Mas decidiram mexer com ele uma vez, e eu nem me dispus a assistir. E agora em 2013, vem nova tentativa.

            Ninguém bate a Sissy Spacek: loira, zóiuda, esquisita, porém bonita. Fragilidade e inconstância na medida certa. E a mãe feita por Piper Laurie está perfeita. Por mais que goste da Juliane Moore, esse papel não foi seu melhor. Ela poderia ter deixado esse mico de lado. Já a Chloë Grace Moretzé um desastre. Não sei o motivo de gostarem tanto dela. Achei sua loba maconheira em “Sombras da noite” péssima, e aqui ela repete o papel de deslocada.  Muita coisa do filme original se perde evidentemente. E a culpa de tudo acaba caindo nas costas de uma única garota, a malvada da história. Eu tinha lido o livro, e lá fica bem claro que a culpa é de todos. Professores negligentes, colegas adolescentes malvados, uma mãe repressora e o fundamental, a humilhação na frente dos amigos no dia de uma festa importante. Só quem ficou todo “cagado” numa balada sabe do que estou falando. Lógico que Carrie não chutou o balde na bebida, nem misturou bala com key e outros elementos explosivos. Ela foi vítima de uma brincadeira que dá muito errado.

              E esse novo filme não chega nem perto de tudo isso. Fica muita coisa descaracterizada. Dá a impressão que ela não precisava dar aquele chilique todo. Lógico que tinha o “detalhe” do sangue que foi jogado nela... Como disse, quem nunca ficou todo cagado numa festa néh???

                     Um remaker desnecessário. Tentaram atualizar a história, mas com os efeitos que possuímos hoje, ficou mais evidente como o trabalho saiu mal feito.  Nos anos 70 "Carrie" destruiu uma cidade, aqui no máximo ela quebra todo mundo no baile, racha o asfalto da rua, e implode a própria casa.... De forma bem chocha...  Mas uma frase ficou na cabeça nessa versão, e realmente não lembro se havia na primeira: “Eu matei a minha mãe... Quero ela de volta”. Nessa frase está um pouco do desespero que o filme todo não conseguiu alcançar. O desespero de uma garota reprimida que não se controla e perde a cabeça.

                   “Carrie - A estranha” da nova versão não chegou perto do original. Não chegou perto de compensar o valor dos ingressos no cinema... Haverá quem goste. Sempre tem. Eu não gostei...


             Sissy e Piper, vocês foram  phodásticas....

2 comentários:

  1. Eu só assisti um filme da Carrie e eu gostei muito.

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  2. Imagino que para quem assistiu só esse último, não tenha sentido muita diferença. Mas em vista do primeiro, e do contexto, esse ficou a desejar.

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