segunda-feira, 29 de julho de 2024

Faniquito

Imagine sua vida virar do avesso. O grande sonho que tanto lutou para transformar em realidade vira um pesadelo. Foi o que aconteceu há pouco mais de um ano. Nessa mesma época, em 202,3 eu estava de férias e tentava colar uns cavacos estilhaçados da minha alma que recolhia quando os achava. Ainda viria um “desligamento” do trabalho, naquele momento que mais precisava de compreensão, de uma coach/diretora/gestora não fez questão de tentar estender uma mão. E quem teve que dar um parecer da atuação da coach/diretora/gestora numa avaliação interna? Curioso que no mês seguinte, quem foi “desligada”? Claro que eu só falei a verdade e eu não fui o causador de tal situação. Vários outros falaram também. Só somei a minha voz ao outros. Acabei indo para outra escola, claro que meu problema mal resolvido se manifestou. Um leve conselho, ansiedade não se empurra com a barriga. Para não dizer que não tive ajuda nenhuma uma colega de trabalho, filha de Ogum, chamar assim pois uma curiosidade relacionada a este Orixá aconteceu. Há alguns anos eu recebi um artefato que era para eu usar, mas acharam que eu era filho de Ogum, e além de não ser eu não sigo o Candomblé. Respeito muito, sou curioso e mais do que nunca vivenciei coisas inusitadas. Contudo, não acho até o momento que deva me converter a nada. “Tô bem” como católico, não institucional, mas, como bom brasileiro, com o pé, mão, cabeça, o que for, em qualquer mandinga, reza, benzedura, passe, banho, ebó, consulta... E, voltando ao artefato, confirmou-se que eu não era filho de Ogum, eles não admitem... Querem me dar Xangô... Só por ser na época gordinho... De realeza não tenho nem a majestade. Prefiro pensar que sou de um santo não cultuado no Brasil, por isso não há certezas. Sim, mesmo Xangô não se confirmou tanto quanto quiseram. Como é algo que está nas mãos dos pais e mães de Santo, e eu não preciso me preocupar por não “seguir” então fico nesta situação mesmo. Contudo, o artefato, o que fazer? Guardei. E depois de minha amiga me ajudar, e muito, levando a um lugar de apoio a doenças mentais, numa conversa ela disse que era de Ogum. Só olhei para ela e disse: “Serio?”. Sem falar mais nada, voltei para casa aquele dia peguei o obejo consagrado e falei comigo mesmo “Isso nunca foi para mim, já sei para quem tem que ir. Me trouxe um caminho com uma pessoa de sua filiação... ” No dia seguinte levei o objeto para o trabalho e no primeiro momento que tive oportunidade entreguei para minha amiga. Eu senti a energia emanando, ela ao pegar deu uma respirada fundo, barravento, e firmou a cabeça e levantou da cadeira e veio me abraçar. De qualquer forma eu fui afastado do outro trabalho também, não queria admitir, mas a coisa era mais sério que imaginava. E, achando que poderia dar conta sozinho de tudo, fui vivendo. Até que eu não consegui aguentar o peso de tudo e resolvi vir para o interior. Era para ser uma temporada leve e descontraída, e logo voltaria... Aqui, como contei em outro texto, percebi que minha mãe não estava tão bem quanto queria fazer parecer. Comecei a cuidar dela, e eu já estava com atendimento psicológico e psiquiátrico em andamento. Tomando remédios. Contudo, também já contei no outro texto, ela se foi... Encurto a história assim pois ainda dói e quero ainda direcionar o restante dessa crônica para o fim que tinha imaginado. Neste momento, vivenciando ainda o luto, resolvendo papeladas, partilhas e afins. Não se enganem com as palavras, não me tornei herdeiro milhionário, mas estou com um imóvel para vender e poder voltar a São Paulo. Quando saí de lá para vir para cá tinha uns projetos, planos e até tinha iniciado alguma coisa. E tudo foi jogado para o ar com partida de minha mãe. Acho que só agora, uns noventa dias depois, que estou tendo umas pontadas de inquietação para voltar. Um faniquito dentro de mim. Contudo ainda sinto que estou arrastando um peso, ou me esforçando mais que devia. Desde limpar a casa ou mesmo escrever este texto. Seria simples mas o tamanho de esforço interno que faço não condiz com o que acontece. Bom, vergonhosamente eu admito a quem estiver lendo, consegui escrever até mais do que queria, contudo, nesses últimos vinte dias não limpei a casa ainda. E como a vida não está fácil para ninguém, principalmente para quem quer viver de seus conteúdos, e eu só escrevo e não faço vídeos para Tik Tok ou Intagram (sou todo vergonhoso), mas infelizmente acho que vai ser o jeito reconsiderar... Enfim, quem quiser contribuir com qualquer valor, segue a chave pix, que é meu e-mail, pelo Banco Inter e está no meu nome Vinícius Motta: Pix - vinimotta2012@gmail.com.br