E tudo foi encaminhado da melhor forma possível. Acionada a funerária, que detro de um plano familiar resolveu tudo. Os únicos "incômodos" foi ter que escolher o caixão e a hora do enterro. Optei, junto com minha tia, que seria melhor as 16h e, para tal, o velório as 11h. Algo assim. Faltou na minha memória a factualidade. E nesse momento tanto faz. É um pedaço de você que vai. Por mais natural que seja uma mãe ir primeiro, nada é tão "realidade" e solidão. Os dias se passaram, entre orações, o Sétimo dia foi no no nono por coincidir com a Sexta-feira Santa. E, segindo a tradição cristã, minhas origens religiosas, a missa da minha Mãe foi na Missa de Domingo de Páscoa. Ao contrário que muita gente pensa ser a festa do coelho que bota ovos de chocolate é a comemoração da Ressurreição do Salvador. E, me conforta pensar, que depois de tanto sofrimento minha mãe ressuscitará. Maranathá! (Grafia Católica).
E agora, já começaram outros encaminhamentos: inventário da casa, soluções para roupas e móveis, decidir se vende ou aluga a casa, conseguir comprador ou inquilino. E em meio a tudo isso a vida não parando para o luto. Em minha cabeça o luto é vivenciado, fora de mim, ao meu redor tudo continua. E lá vamos nós...
Quase dois meses e eu continuo morando na casa dela, que agora é minha.(meu tio tem direito a um terço). E eu já coloquei meu jeito em tudo. Na limpeza, na disposição dos móveis, na dispensa de móveis, revistas, livros, roupas, e quinquilharias. Resgarei meus antigos brinquedos que estavam escondidos numa mala. Adotei um gatinho filhote que surgiu aqui no quintal em uma madrugada. Miava em meus sonhos até me acordar e eu me deparar com um "frajolinha" assustado e sujo. Tinha menos de 40 dias, era tão pequeno e sem firmeza nos movimentos. Hoje já está assustadoramente irriquieto e trepando onde consegue e mordendo doído minhas mãos ou pés. E como é bom de comer. Come de tudo, e se não dou o que estou comendo fica reclamando com miados sonoros e intensos que não estou acostumado. Minha outra gata, nunca comeu nada além de ração e perto deste cisquinho percebo agora que ela era uma filhotinha calma.
Ainda assim, a ansiedade permanece apontando nos momentos de descuido. Remédio, terapia, e planos para quando eu sair daqui e voltar para São Paulo. Estava cogitando morar em outros lugares, inclusive, entre eles, pensei em Porto Alegre. E depois de tanta água... fiquei assustado e inconformado com a tragédia mais uma vez anunciada. Contudo, num coração ainda enlutado, eu me encantei com os esforços de salvar as pessoas e os animais. Gente, um cavalo "caramelo" virou simbolo de resistência. Lindo de se ver os resgates.
E lá vou eu para o último comprimido do dia e tentar pegar no sono entre dores, enternecimentos e um fundo de esperança.
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E como a vida não está fácil para ninguém, principalmente para quem quer viver de seus conteúdos, e eu só escrevo e não faço vídeos para Tik Tok ou Intagram (sou todo vergonhoso), mas infelizmente acho que vai ser o jeito reconsiderar... Enfim, quem quiser contribuir com qualquer valor, segue a chave pix, que é meu e-mail, pelo Banco Inter e está no meu nome Vinícius Motta:
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