quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Operação Big Hero - "Soco-bate.... Tra-lá-lá-lááh" (Editado)

Operação Big Hero - "Soco-bate.... Tra-lá-lá-lááh"





          Quando vi o trailer fiquei muito interessado em assistir essa animação. E quando o fiz adorei. E como de costume fui ler um pouco sobre ela depois, faço isso para não ser influenciado, e descobri que era uma adaptação de uma HQ da Marvel!!! Fiquei surpreso e pouco achei sobre o quadrinho original, então, fico somente com o filme. 
         Outra surpresa foi ver que “Operação Big Hero” conta com um super-herói fofucho. Ou para os corações mais peludos, um “gordo”. E não, o jovem  Hiro Hamada não é o mais  importante do filme. Ele é apenas o protagonista humano que faz do grande robô médico inflável Baymax um “lutador”. Sim estou sendo totalmente tendencioso aqui nesta resenha!!!!  :P
         Vamos ao início e tentarei não ser todo truncado com as informações. O começo é bem tradicional como uma típica história de heróis. São dois irmãos, Tadashi e Hiro Hamada (não falarei das vozes originais, assisti dublado) que por coincidência são gênios robóticos. Porém o mais velho já vai a uma espécie de universidade, ou seja, tem propriedade para fazer e ser o que se propõe, e o mais novo é um bostinha prepotente e que “se acha” só por conseguir fazer uns robozinhos de lutas ilegais. Até o Tadashi gongar com a cara dele provando que perto de todo mundo na "universidade" ele era apenas uma titica de rolinha espalhada com a sola do sapato na calçada debaixo do sol... Éhhh, o que uma instituição de ensino pode fazer por alguém não é????? E lá conhece todos os demais personagens que lhe farão parceria na história, inclusive o Baymax, um projeto do seu próprio irmão. Depois que Hiro percebe que será um “Zé-Manéh”, se não estudar lá, desenvolve um projeto para ganhar uma bolsa. No dia que vai apresenta-lo tudo é perfeito até que ocorre um acidente e o prédio vai pelos ares junto com seu irmão Tadashi.
        
         
 Hiro fica “sozinho” com a tia que já os acolhia como única remanescente da família. É interessante como a Disney gosta de personagens órfãos... Isso dá o que pensar... Mas não agora!!!! Voltando, Hiro fica inconsolável. Se fecha numa “depressão traumática pós-perda”, até que solta um “Ai!” por machucar o dedão e isso ativar o Baymax. O que o deixa mais angustiado ainda de tristeza. Afinal era o “grande” projeto do irmão. E antes que todos nós morramos engasgados com o próprio coração apertado saindo pela boca, vemos a fofura sem tamanha de Baymax. Ele é projetado para ser um robô médico-enfermeiro-cuidador. Com todas as programações possíveis para identificar e tratar os males físicos e psicológicos. Ele também tem um programa de memória inteligente que vai assimilando, como uma pessoa, coisas novas. Ele não é aparentemente esperto, é o que julgamos, aos poucos ele vai anexando coisas em sua memória e usando. Vemos de cara que ele não possui malícia, é puro e inocente. O que deixa mais fofo ainda... Para vocês terem uma ideia usarei esse adjetivo “fofo” e todos os possíveis sinônimos que lembrar para dar a dimensão da coisa. Então não me recriminem. É interessante notar que antes da transformação em “herói” as cenas da animação são bem ritmadas e ágeis, a não ser quando foca nas ações de Baymax. Parece até interminável uma cena que ele está colando fitas adesivas nos seus furos, que o fazem murchar, diante de um policial entediado numa delegacia. E são justamente essas cenas que dão a dimensão de zelo, cuidado e carinho que desprende do robô. Fruto do programa e um pouco da personalidade do próprio irmão de Hiro. E ao invés de ficar enervante na história, essas cenas, nos proporciona aquele momento “Ownnngtchyy!” que temos, mesmo que não admitamos, ao ver algo “mega máster blaster bunitinhu”.
Esse é um dos heróis mais interessantes que vi surgir ultimamente nas levas de filmes que nos assolam. Ao contrário dos anabolizados e machos alfas que existem por aí, Baymax, apesar de ser um robô com programação, acaba sendo mais palpável e mais “humano” que um “Homem de Ferro” ou até mesmo um “Capitão América”, ambos ideais de virilidade americana. Baymax é só um robô gorducho que quer ajudar, faz parte de seu programa (ou consciência?). Desenvolvido para ser (que palavra podia usar????? Lógico que:...) fofo e acolhedor. Ele acaba dando muito constrangimento a Hiro, típico adolescente “macho” que não quer ter emoções ou expressá-las preferindo ser um babaquinha. Então Baymax não se transforma, ele transforma e humaniza o próprio Hiro. Mesmo o garoto tentando, após descobrir que a morte do irmão não foi acidental, fazer do foforucho um gigante guerreiro vingador. Realmente quem se transforma é Hiro. E Baymax, só aumenta sua fofice. *__*
         Bom, sem entregar mais da animação, só falo que foi um dos melhores desenhos que vi este ano, e olha que eu adorei Frozen. Que é tão fofo, tão fofo, mas tão fofo que faz chorar quando Anna canta “Do You Want To Build A Snowman” música mais legal que a oscarizada “Let it go”, que também adoro. “Operação Big Hero” é um filme mais “moleque”. Um público que ficou meio de lado em Frozen.
         Vale muito assistir. Não é pretensioso e brinca com muitos clichês dos heróis de HQs. E uma coisa que pode ser um “plus”, pois muitos não gostam: não tem personagens cantantes e ululantes se esgoelando em músicas chicletes... Que eu gosto, só para constar.

         Ahhh, o "Soco-bate... Tra-lá-lá-lááh" é uma cena muito legal , prefiro que assistam e por favor, desconsiderem que a cidade é “San Franstokio”.... sem mais comentários!!!!!!!!



vinimotta2012@gmail.com